Produzida por Greg Berlanti (Arrow, The Flash), a série conta com a atriz Melissa Benoist (Glee, Whiplash) no papel de Kara Zor-El. O primeiro trailer da série havia dividido os fãs por ser mais "teen" e voltado para o público feminino. Mas realmente não sei o porquê de tanta crítica em relação a isso, afinal a série é sobre uma super-HEROÍNA.

          Sobre a origem da heroína nas telas, a produção foi bem fiel à versão apresentada nos quadrinho, na qual Kara já é uma criança cuja nave é enviada para proteger seu primo que é um bebê recém-nascido. Como nos quadrinhos, a nave de Kara vai para a Zona Fantasma e fica lá por alguns anos para depois tomar rumo da Terra, onde seu primo já está adulto e atende por Superman.

          Superman a deixa para ser criada com o casal Danvers. É interessante a homenagem que feita a partir dos Danvers, eles são interpretados por Helen Slater e Dean Cain, que para quem não conhece, são respectivamente a Supergirl do filme da década de 80 e o Superman da série As Aventuras de Lois e Clark.

          Ainda que exista todo tipo de clichê de uma série teen, a simpatia da Melissa Benoist é implacável, tudo se torna mais divertido. Com um tom de Diabo Veste Prada, Kara trabalha na CatCo, uma potência global de informações e notícias comandada pela maravilhosa Cat Grant (Calista Flockhart) e trabalha como assistente da mesma. Tenho que admitir que por mais megera que Sra. Grant possa ser, amei ela, e realmente espero que ela possa servir como uma "mãe" para Kara. No núcleo do trabalho ainda existe o Winslow Scott (Jeremy Jordan) que é tipo seu amigo-nerd-bonitinho-que-gosta-de-você-porém-você-finge-que-não-sabe e o amigo do Superman, James Olsen (Mehcad Brooks) que logo percebe-se que Kara tem um interesse amoroso por ele. Achei bem forçado isso, pois ele foi trabalhar na CatCo em National City a pedido do Clark para ficar próximo da Kara, tipo "?!".

          Para os que gostam de "tiro, porrada e bomba", existe o núcleo do DOE (Departamento de Operações Extranormais). Hank Henshaw (David Harewood) é o chefe do DOE - que nada mais é do que uma organização que monitora atividade extraterrestres. A irmã adotiva da Kara, a Lexie, ops - saudades Grey's -, Alex também trabalho no Departamento, sendo recrutada por Henshaw por ser especialista em biologia alienígena e ser irmã de Kara. Henshaw conta a Kara que quando sua nava saiu da Zona Fantasma e veio para a Terra, arrastou junto o Fort Rozz, que é uma prisão de segurança máxima de Krypton. A coisa piora quando os criminosos descobrem que Kara é filha de Alura Zor-El, a mulher que mandou eles para a prisão, e juram obter vingança de Alura em cima da filha.

          Como episódio piloto de série de super-herói que se preste tem um vilão, Supergirl enfrenta o reptiliano Vartox (Owain Yeoman de The Mentalist, lembram?) e as duas lutas são muito boas para o nível de um episódio piloto de um série. Foram gastos 14 milhões de doláres apenas na produção do episódio piloto, e posso dizer, foram muito bem gastos.

          Talvez para quem não está acostumado, ou para quem está também, a velocidade dos acontecimentos nesse piloto. Em 46 minutos, quase 47, temos a origem da Kara, seu crescimento, vida adulta, confecção do uniforme, surgimento da Supergirl e luta com o primeiro vilão trabalhando em conjunto com o DOE. É bastante informação para um episódio só, fora todos easter eggs do episódio. Porém, esse método foi utilizado nas outras séries como Arrow e The Flash. Eu achei agradável, porém para quem não tem a menta aberta pode ser ruim. Ou para quem foi acostumado com Smalville que demorou DEZ temporadas para fazer tudo que a Kara fez em 46 minutos.

          Por fim, o episódio me agradou, estou mais animada com Supergirl do que com The Flash e Arrow. Acredito que a protagonista é a principal responsável por isso, e também pela minha carência de heroínas nas telas. (Esse também foi um ponto que me fez grudar em Jessica Jones) Melissa, por favor, continue fazendo com que eu brote um sorriso involuntário toda vez que te vejo em cena, nunca te pedi nada.