CRÍTICA - Pan (2015)


          Criado em 1911 por James Matthew Barrie, “Peter & Wendy” fez um grande sucesso surgindo de uma peça de teatro de mesmo nome e partindo para várias adaptações cinematográficas, sendo uma delas – a mais conhecida – produzida por Walt Disney em 1953 e outra em 2003.

          E em 2015 temos a nova adaptação do clássico, quando somos levados ao período da Segunda Guerra Mundial e vemos que Peter, estrelado pelo jovem ator Levi Miller. Ele é um piá de 12 anos que vive em um orfanato e é atormentado pela freiras por ser sempre um guri questionador e atrevido com as palavras. Um dia, ele e várias crianças são sequestradas por piratas em um navio voador que parte para a Terra do Nunca, um lugar mágico e distante onde o capitão Barba Negra (Hugh Jackman) escraviza crianças e adultos em uma pedreira para que encontrem uma pedra preciosa que contém o pó de fada. E é aí que Peter conhece James Hook (Garreth Hedlund), que até então não é um pirata famoso e muito menos capitão do navio Jolly Roger. 



           A partir daí, Peter conhecerá a Terra do Nunca, descobrirá que pode voar e partirá numa aventura em busca do ninho secreto das fadas, ao lado da Princesa Tigrinha (Rooney Mara) e Gancho. Wendy e seus irmãos não fazem parte da história.

          Tudo em Pan é bastante teatral – das acrobacias aéreas à fumaça colorida que sai das armas de fogo; do figurino dos índios aos hinos de punk rock (Nirvana e Ramones) entoados pelos escravos de Barba Negra. 

          Pan é um filme oposto do original, símbolo de autoconfiança infantil. Peter é tratado como escolhido, como uma importante peça para a salvação da Terra do Nunca, ele fica o tempo todo se questionando, demonstrando fragilidade. Não que uma criança não possa fazer isso, mas Peter Pan é conhecido pela sua arrogância, pela insolência de vencer o tempo e fugir das responsabilidades da vida adulta.



          Pan traz as doses certas de diversão, ação e drama, mas erra em alguns personagens e exagera em algumas cenas essenciais. Por isso, o filme perde a chance de ser inesquecível, mas, ainda assim, é um programa interessante para as crianças.

Gabriela Fogliato

"Nunca se esqueça de quem você é, porque é certo que o mundo não se lembrará. Faça disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo."

Um comentário:

  1. Olá,
    Nossa, só de ver a foto imagino que a fotografia do filme deve mesmo ser incrível, uau. Adoro a história de Peter Pan, então obivamente quero ver esse filme.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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